sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Vamos celebrar a estupidez humana

Só há na vida a certeza da morte. Mais clichê, impossível. Mas, e depois da morte? A pergunta também pode ser clichê, mas sobre a resposta não há consenso.
Tendo em vista a insignificância humana no universo,
e a consciência disso, 4.532 trilhões de teorias são escritas e ardentemente defendidas em prol de um consolo ou ilusão que certamente virá.
A idéia de céu, paraíso e vida eterna - com todos os nomes que pode possuir- justifica o fardo de vivermos essa pequenez terrena? Cria-se o imaginário de que até o purgatório e fogo do inferno trazem consigo certo conforto, para os injustiçados pelos pecados ou para o próprio pecador, que após pagar por seus erros também alcançará a eternidade.

Então eternos, o sentimento de grandeza prevalece! Os humanos tornam-se uma espécie perpétua. Não somente uma complexa coincidência de acontecimentos químicos físicos e biológicos, a alma, as lembranças os sentimentos, são evidências tão tangíveis quanto um buraco negro.

Equiparamo-nos com o universo definimo-nos indecifráveis e grandiosos. Eternos.

Talvez, o egocentrismo não tenha sido apenas um fator dialético pós-Idade Média, ele envolve a mentalidade não de crentes, mas de servos. Servos de um sistema, muito maior do que os econômicos e políticos estudados. O fato de ser humano.

Iludidos pela distância acreditamos ser maior que as estrelas...

Relutantes em aceitar ou tentar enxergar que a verdade é grade demais para nossas vistas limitadas. Os amontoados de células, o acidente biológico prepotente cria 4.532 teorias que tentam encontrar aquilo do qual se escondem.