sábado, 16 de janeiro de 2010

BBobeiraBrasil e Amor, amais (pt2)

Oi mosquinhas! Alguém por aqui ?
Identificando-se ou divetindo-se com os desabafos de Maura ?

Todo mundo sabe que essa macaca que vos fala não é a maior fã de TV da galáxia. Mas, sabe como é né... Fim de férias, nenhum dinheiro no bolso, amigos viajando... Inevitavelmente há uma interação sobre as novelas que estão no ar, as fofocas das celebridades, o quase câncer da Hebe, o último eliminado do BBB e todas essas coisas de extrema desnecessariedade.


Como disse #oCriador, "estréia de BB inaugura aquela pausa de 3 meses na evolução humana"...

Lembrando que teoricamente evoluímos por milhares de anos... Pra isso ? Para ter férias anuais na evolução?


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

[...]

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

[...]


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

[...]


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

[...]

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

Meio grandinho, mas muito bom né mosquinhas?! (Íntegra aqui)

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Se você odeia melodrama, pare aqui.
Alguem aqui ainda lembra do "Amor, amais" ? Como prometido há mais de 1 ano... Parte 2 !!

Sherlock

“Um momento delicado para o amor: Vênus oposta a Marte de 26 a 27 de janeiro registra incompatibilidade, briga por poder, desentendimento e um jogo perigoso de atração, sedução e agressividade em marcha”
O vácuo no estômago preenche o incompleto vazio que há. Tremores gélidos, da pupila ao joelho, nada é estável. O coração acelerado, o rubor no rosto e a alienação instantânea denunciam os sentimentos indesejados.
Tudo deveria estar congelado. Tudo gira ao meu redor num ritmo frenético. Certamente foi quebrado o record de voltas por segundo de qualquer coisa. O infinito entre um segundo e outro nunca foi tão infinito.
Tanto movimento não impede a sensação causada pela hipotermia que me assola. Em minha inconsciência não saberia dizer se era culpa do ar condicionado ou do meu sangue. Ele, que queria sair por todos os poros, por pequenos furos microscópios doloridos, muito dolorido. Se manteve frio.
A impessoalidade do ambiente. Nenhum rosto conhecido no turbilhão. A não ser aqueles. Aqueles que eu não queria ver. Desorientada com o GPS apontado para o abismo. Simplesmente fui para o supermercado. Claro, na sessão de congelados. Os peixes estavam mais quentes e vivos que eu, mesmo assim foram suficientemente bons para partilhar e compreender minha angústia.
Se havia alguma dúvida sobre o sentir ser real ela se foi com a esperança. Só restou a certeza de que dessa vez, todos estavam em seus lugares.
Quero gritar a dor que sinto em baixo de um edredom, ocupar cada pedacinho dele, para forjar a ausência do vazio, esconder o rosto entre as pernas por tanta vergonha.
Sinto o amargo de um beijo por eles dado, os pêsames por uma amizade mutilada, sinto o calor das lágrimas no meu rosto congelado, sinto injustamente ciúmes, decepção, raiva e medo....
Procuro uma caixinha de fósforo para meu coração. Assim ele terá algum espaço para bater sem culpa e parar de bater em mim. Vou ficar com o vazio inocente e cômodo daqueles que não podem sentir o estômago nas costas e gélidos tremores.
* Sobre quando Laís foi ao cinema, ver sherlock e viu sua melhor amiga como AQUELE cara!

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Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar (8)