Se falar de amor é tão clichê, não poderia deixar de fazer. Numa exploração metafórica do sentido da expressão, pensei, será que realmente existe, um amor anarquista? Talvez sim, mas daí seria baseado em uma anarquia de liberdade, e não libertinagem (que são coisas bem distintas).
Ou seja, não é que eu ache bacana, e um dia diria : ai, amor você não tá afim de ir pra uma baladinha, pegar umas 4, ou então trazer umas 3 pra morar com agente?
Vocação pra chifre deve ter limite :)
"Vicky, Cristina, Barcelona" é uma exceção (um dos meus filmes favoritos!)
Sobre a falta de regra da anarquia, a própria falta de regra é uma regra! Então é regra não ter Estado, não definir funções, ações, fazer o que quiser, no melhor estilo de 'bagunça organizada', por via de regra, todos são livres... uaiii...Mas essa não era a antítese? '¬¬
Quando Sartre nos mostra que a liberdade nos aprisiona em nossa responsabilidade, ele tira todo o encanto dos atos inconsequentes, nos leva a liberdade solitária do eu, que é onde entra Schopenhauer, que bem esclarece que é só quando estamos sós que somos quem realmente somos e portanto realmente livres, e se sermos nós mesmo é o máximo de evolução e felicidade que podemos alnançar enquanto nós....Talvez o verdadeiro amor liberte, liberte para o respeito às individualidades quando duas pessoas diferentes coexistem num mesmo espaço e sentimento, a valorização e aceitação dos princípios, dos limites, hábitos, conceitos. talvez esse seja o mais puro e bruto amor.
Então, amor... se você quiser ir pra balada, e pegar 4, só vou te achar imaturo e sem personalidade por não conseguir se auto afirmar no SEU EU. Portanto, nossos eu's não poderão mais coexisistirem em nenhum espaço ou tempo rs ;D.
E viva um amor anarquista \o/
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Baseado em reflexão sobre o título e somente o título do livro de Michel Sanches Neto



