segunda-feira, 5 de abril de 2010

DEcrescendo, DESevoluindo, DEcepcionando - se



Sabe quando tudo parece bem menor e bem menos interessante?


Sabe quando você se lembra de uma coisa que é incrível, e espera ansiosamente por ela e aí...


Quando é chegado o grande dia... Não é mais a mesma coisa?

Tipo assistir Big Brother na sexta série, era´o máximo, você torcia, e acreditava que era tudo muito real, as pessoas boas, as pessoas más. Anos depois você fica achando que a Globo encheu a cara e deu o segundo lugar pra uma loira aguada que nem aparecia até que coincidentemente recebeu uma carta libetadora e óóó, virou uma super loura que bebe, se joga pra tudo que é homem e que não é também, faz dancinha sensual etc. Sem contar na carinha natural de surpresa do Dourado, o cara que anos atrás disse na lavação de roupa suja que foi prejudicado pela edição.

Ou numa reunião de família, que era tão divertido e agora... parece que a sua família é tão pequena, e o que era tradição agora nem parece tão tradicional assim, só uma imposição para primos e agora os agregados deles que ficam sentadinhos aos pares nos cantos.


A diminuição das coisas também pode ser percebida quando você assiste desenho animado, o pica-pau é só um passarinho de risada irritante, os power ranger são um bando de atores com roupas coloridas idiotas, e o Doug é engraçadinho.




Seus pais agora são pessoas comuns e cheias de defeito que podem até te dar colo, mas não podem mais salvar o mundo, nem resolver seus problemas, que passaram de desentendimentos com seus coleguinhas a desemprego, separação, amores impossíveis, fracassos. Parece um filme de Alice no país das Maravilhas, em que você fica mudando de tamanho o tempo todo e cai num buraco sem fim, e vai caindo... caindo.... e a luz no fim parece que nunca vai aparecer, você é grande demais para ser criança e pequeno demais para ser gente grande, você convive com a impressão de que devia ser mais inteligente, você sabe muito pouco para sua idade e o mercado quer isso e aquilo e você não é nem aquele!!! Nem esse! Você ainda nem sabe quem é você, pode dar informações banais como nome, endereço, telefone e número do CPF, mas além disso vai dizer o que? O seu objetivo é o primeiro item do seu currículo e você nem sabe se tem mesmo um objetivo! Só Deus sabe e você ainda não tem uma idéia formada sobre Deus, religião etc!


E você vai fazer o que? O que quer fazer? Quer estudar o que? Quer trabalhar em que área?




O que ninguém parece entender é que o máximo que você tem agora é uma graduação em curso e um caminho iniciado que supostamente foi você que escolheu, mas na verdade você estava vendo tv, brincando, fazendo o dever de casa e de repente! Você havia crescido e precisava lidar com uma série de escolhas e problemas incompatíveis com seu tamanho. Você pode até ignorar um monte de coisas e passar metade do seu tempo se divertindo, bebendo, "pegando", e quem sabe até fumando maconha, mas isso não quer dizer que você esteja melhor. Só que arranjou uma forma de comer os cogumelos alucinógenos do país das maravilhas. Mas quando acordar vão te cobrar respostas da mesma maneira. Respostas que você não sabe nem onde procurar. Parece que decrescemos enfim, não somos mais tão satisfeitos como quando éramos crianças nem temos mais tanto esteio, e acho que se eu assistisse tv cruj hoje em dia, ligaria pro caju e diria pra ele não falar tão mal de ultra-velho, já é muito difícil ser gente grande sem filho, imagina gente grande com filho! Agora entendo porque os ultra-velhos eram tão malas, eles eram confusos e perdiam a capacidade de achar tudo divertido! Tadinhos deles, tadinho de nós!!!




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Smoke on the water, fire in the sky

Para tentar resgastar um pouquinho o lado ácido-informativo do DESevolução...
Segundo algumas manchetes :
"Moradores protestam contra enchentes na zonal leste de SP; ônibus e caminhão são incendiados" (FolhaOnline)
"Moradores queimam ônibus em SP" (G1)

Há pouco ouvi num desses jornais matinais: "Isso aí não foi bandido que fez, foi agente". Essa deveria sera manchete.
Fonte imagem: UOL Notícias
Atrevo-me aqui a tomar partido daquilo que a mídia condena e nomeia como delinqüência.
Se os títulos de eleitores não são suficientes para qualificar indivíduos como cidadãos de verdadeira representatividade política, não haveríamos de condenar às outras formas!
É papel do Estado garantir a segurança dos homens. E segurança não é só contra bala perdida. É tudo aquilo que coloca em risco a vida das pessoas. Como enchentes.
Claro que eles estão queimando dinheiro público, eles sabem disso. Mas, num lapso de consciência devem ter pensado " tem muito mais do nosso dinheiro que vai para meias e cuecas." É essa a ética dos desesperados. Que eles não se sintam culpados quando verem os jornais os condenando, a mídia é a voz de elite, uma elite que tem medo.
Meus parabéns aos moradores do Jardim Nazaré! Eles não são culpados. São vitímas, felizmente não mais passivas. Mas, agir num mundo em que a grande maioria prefere não se mexer, é tido como errado.
O que mais me orgulha, é que essas pessoas deixaram de ver novela e BBB para sair as ruas e protestar. Mesmo que o motivo pelo qual eles deixaram de ver tenha sido o telhado da casa que desabou em cima da TV.
Não houve feridos. Eles queimaram o próprio dinheiro. Então qual o problema? O caos? É justamente essa a intenção. Porque é no caos que as revoluções acontecem.

sábado, 16 de janeiro de 2010

BBobeiraBrasil e Amor, amais (pt2)

Oi mosquinhas! Alguém por aqui ?
Identificando-se ou divetindo-se com os desabafos de Maura ?

Todo mundo sabe que essa macaca que vos fala não é a maior fã de TV da galáxia. Mas, sabe como é né... Fim de férias, nenhum dinheiro no bolso, amigos viajando... Inevitavelmente há uma interação sobre as novelas que estão no ar, as fofocas das celebridades, o quase câncer da Hebe, o último eliminado do BBB e todas essas coisas de extrema desnecessariedade.


Como disse #oCriador, "estréia de BB inaugura aquela pausa de 3 meses na evolução humana"...

Lembrando que teoricamente evoluímos por milhares de anos... Pra isso ? Para ter férias anuais na evolução?


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

[...]

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

[...]


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

[...]


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

[...]

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

Meio grandinho, mas muito bom né mosquinhas?! (Íntegra aqui)

____
Se você odeia melodrama, pare aqui.
Alguem aqui ainda lembra do "Amor, amais" ? Como prometido há mais de 1 ano... Parte 2 !!

Sherlock

“Um momento delicado para o amor: Vênus oposta a Marte de 26 a 27 de janeiro registra incompatibilidade, briga por poder, desentendimento e um jogo perigoso de atração, sedução e agressividade em marcha”
O vácuo no estômago preenche o incompleto vazio que há. Tremores gélidos, da pupila ao joelho, nada é estável. O coração acelerado, o rubor no rosto e a alienação instantânea denunciam os sentimentos indesejados.
Tudo deveria estar congelado. Tudo gira ao meu redor num ritmo frenético. Certamente foi quebrado o record de voltas por segundo de qualquer coisa. O infinito entre um segundo e outro nunca foi tão infinito.
Tanto movimento não impede a sensação causada pela hipotermia que me assola. Em minha inconsciência não saberia dizer se era culpa do ar condicionado ou do meu sangue. Ele, que queria sair por todos os poros, por pequenos furos microscópios doloridos, muito dolorido. Se manteve frio.
A impessoalidade do ambiente. Nenhum rosto conhecido no turbilhão. A não ser aqueles. Aqueles que eu não queria ver. Desorientada com o GPS apontado para o abismo. Simplesmente fui para o supermercado. Claro, na sessão de congelados. Os peixes estavam mais quentes e vivos que eu, mesmo assim foram suficientemente bons para partilhar e compreender minha angústia.
Se havia alguma dúvida sobre o sentir ser real ela se foi com a esperança. Só restou a certeza de que dessa vez, todos estavam em seus lugares.
Quero gritar a dor que sinto em baixo de um edredom, ocupar cada pedacinho dele, para forjar a ausência do vazio, esconder o rosto entre as pernas por tanta vergonha.
Sinto o amargo de um beijo por eles dado, os pêsames por uma amizade mutilada, sinto o calor das lágrimas no meu rosto congelado, sinto injustamente ciúmes, decepção, raiva e medo....
Procuro uma caixinha de fósforo para meu coração. Assim ele terá algum espaço para bater sem culpa e parar de bater em mim. Vou ficar com o vazio inocente e cômodo daqueles que não podem sentir o estômago nas costas e gélidos tremores.
* Sobre quando Laís foi ao cinema, ver sherlock e viu sua melhor amiga como AQUELE cara!

___

Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar (8)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bom dia, eu te amo


"Eu te amo não é bom dia" , todo mundo sabe, e a maioria concorda, por que então acabamos sempre dizendo isso pra pessoa errada???

Parece impossível segurar, você está ali, consciente de que nada é pra sempre, que tudo acaba, que mais cedo ou mais tarde vai se magoar, que já disse outras vezes pra outras pessoas e que os seus "eu te amos" mais sinceros e insanos foram em vão. Por que então você quer repetir???

E o furor que percorre seu corpo rumo aos lábios fazendo com que você diga é incontrolável, e de nada adianta filtrar tudo no cérebro, seu pulso acelera, a mente anestesia e lá está você de novo, jurando amor, não eterno, só amor.

Você não vai admitir, mas lá no fundo, onde ninguém jamais vai chegar, você quer que dure pra sempre, ou pelo menos pra muito.

Talvez você nem perceba, e ame com todas as suas forças, porque talvez amor seja um estado de dedicação. Vai ver que é possível amar mais de uma vez... Quem sabe? Talvez não haja uma pessoa certa, mas um momento certo.

O momento certo de amar determinada, de ser muita coisa pra quem é quase tudo pra você naquele momento.

domingo, 6 de setembro de 2009

Carta a D. Manuel

Em homenagem ao dia 7 de setembro! Um texto que particularmente achei genialíssimo :

Guaratinguetá, 13 de Maio de 2009

Rei de Portugal D. Manuel
Nesta
Prezada Senhor,

Venho solicitar a atenção de Vossa Majestade ao assunto que passo a expor: as
navegações tinham como objetivo chegar às Índias, para lá obtermos sucesso no comércio de especiarias, entretanto ocorreram mudanças em nossas rotas. Todos os tripulantes seguiam regrados, mas em meio às águas do Oceano Atlântico um pedaço extenso de terra nos chamou à atenção – algo inédito aos nossos olhares.
Trata-se de uma nação repleta de etnias, onde tudo me impressiona. Ninguém fala de uma só maneira. Índios, mulatos, pardos e brancos compõem esse contexto nacionalista.
A princípio assemelhei a forma de agir desse povo a uma cadeia alimentar, na qual o poder sempre vence.
Nada de igualdade, existem muros de ouro e pedra separando a sociedade. As periferias
já não têm lugares para subir, enquanto as mansões ocupam vastos terrenos. Deparei-me com um castelo, logo acreditei que fosse lar de rei, mas me enganei. Nessa “terra estranha” quem tem castelo é político.
O verde é marcante e águas têm de monte. Dias de chuva fica complexo diferenciar ruas de rios. No entanto andam dizendo por aqui que tudo está se acabando.
Enfim, gostaria de relatar que não chegamos às Índias, mas ao Brasil, onde podemos explorar, enganar e também roubar que ninguém há de nos notar.

Thales Willian

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Vamos celebrar a estupidez humana

Só há na vida a certeza da morte. Mais clichê, impossível. Mas, e depois da morte? A pergunta também pode ser clichê, mas sobre a resposta não há consenso.
Tendo em vista a insignificância humana no universo,
e a consciência disso, 4.532 trilhões de teorias são escritas e ardentemente defendidas em prol de um consolo ou ilusão que certamente virá.
A idéia de céu, paraíso e vida eterna - com todos os nomes que pode possuir- justifica o fardo de vivermos essa pequenez terrena? Cria-se o imaginário de que até o purgatório e fogo do inferno trazem consigo certo conforto, para os injustiçados pelos pecados ou para o próprio pecador, que após pagar por seus erros também alcançará a eternidade.

Então eternos, o sentimento de grandeza prevalece! Os humanos tornam-se uma espécie perpétua. Não somente uma complexa coincidência de acontecimentos químicos físicos e biológicos, a alma, as lembranças os sentimentos, são evidências tão tangíveis quanto um buraco negro.

Equiparamo-nos com o universo definimo-nos indecifráveis e grandiosos. Eternos.

Talvez, o egocentrismo não tenha sido apenas um fator dialético pós-Idade Média, ele envolve a mentalidade não de crentes, mas de servos. Servos de um sistema, muito maior do que os econômicos e políticos estudados. O fato de ser humano.

Iludidos pela distância acreditamos ser maior que as estrelas...

Relutantes em aceitar ou tentar enxergar que a verdade é grade demais para nossas vistas limitadas. Os amontoados de células, o acidente biológico prepotente cria 4.532 teorias que tentam encontrar aquilo do qual se escondem.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Lembro de quando biblioteca era sinônimo de silêncio, bons tempos....Que saudade daquele psiu repreendedor, acho que é mais um mal da globalização, que pôs em pé de igualdade os mais diversos tipos de estabelecimento. Agora o barulho é comum a todos os lugares!!! E onde você se concentra agora??? Se for um monge tibetano talvez consiga se concentrar onde bem entender, se for como eu, boa sorte... E eu que achava que a trilha sonora do inferno era exclusividade da minha casa....a biblioteca conta com a versão remixada dos grupos de estudo, uma coisa meio chiadinha e tal, somada a um pout pourri de marretdas, furadeiras e carros...muitos carros na rua! Isso sem falar na bibliotecária batendo papo na porta. Sim, agora bibliotecária pode bater papo à vontade!!! É nesses momentos que começo a dar crédito às teorias fantasticas sobre o fim do mundo da tia Rita. Tá acabando mesmo tia.....

domingo, 14 de junho de 2009

Cheguei a conclusão de que como tudo, as músicas são frutos de seu tempo, portanto só fazem sentido nele, dúvida?
"Eu fico com a pureza da resposta das crianças"

Que crianças?

Que resposta pura ? (só se for pura sacanagem )

Claro, as crianças de 50 anos atrás, que não tinha ipod com vídeos do último filme pornô, e iam para a escolinha com 7 anos, e olha lá! Agora, experimenta indagar sobre algo que dê margem à interpretações para um desses serezinhos que assistem novela das 8...

(Livro de quadrinhos com conteúdo impróprio para a idade dos alunos ao qual foram distribuídos pelo gov. do estado de SP)

Mas isso nem de longe significa que os mini-gentes de hoje são mestres interpretativos, não senhores! Pois então pergunte a um dele a moral da história da chapeuzinho vermelho, a resposta com certeza girará em torno da ser comida pelo lobo, e a "coitada" da chapeuzinho não.

óóókey, redimo-me, as pequenas criaturas podem até ter o dom da interpretação, mas que fazem isso sob os conceitos errados... Se fazem! O problema mesmo são os conceitos que elas tomam pra si, que não por um acaso são tomados de pais, mães, irmãos mais velhos, tv, internet... enfim, o problema não está mesmo nos mini-gente, é agente mesmo, a gente grande que domina o mundo, no mundo dos adultos, e é por isso que a criança não tem pureza e tem "aquela" resposta ...

domingo, 7 de junho de 2009

Alma lacrada


Cansei das ilusões e desisti do amor.
Por que???
Porque o amor não existe, existe apenas uma animalesca sensação prazerosa a qual deram um nome delicado para amenizar a culpa.
Tudo são apenas mentiras, daquelas mais sem vergonha, usadas apenas para mandar alguém para a horizontal. São mentiras esfarrapadas, de péssima qualidade, mas que funcionam sempre, assim como fingir que é amor, enganar a si mesma para dormir em paz.Amarrotamos dezenas de lençóis o tempo todo em diversas companhias e ainda temos a cara de pau de dizer que "foi por amooooooorrrrrrr........áááá.......".
Por amor o cacete! Foi por excesso de emoção ou fogo no rabo mesmo, nunca é por amor e você sabe disso. Como sabe também outras verdades, mas finge que não. Vivemos dizendo por aí que tudo o que queremos é sinceridade, mas essa é a mentira mais deslavada da história!!!
A gente quer é a mentira!!!! A gente quer ouvir que é única, que é amada,que é boa para cacete.
A verdade a gente sabe...Sabemos que somos fáceis até quando nos fazemos de difíceis, que temos banha, que tem outras vinte iguais a gente. Sabemos, mas nos forçamos a esquecer disso o tempo todo.
É para não cometer suicídio mesmo.Precisamos ter a alma lacrada para o amor. Mas a grande verdade é que ela já está lacrada, para a verdade, jogamos fora nossa sensatez para poder acreditar de novo no amor, sempre!!!

{ a volta da "Anônima" }

sábado, 30 de maio de 2009

Um amor anarquista

Se falar de amor é tão clichê, não poderia deixar de fazer.
Numa exploração metafórica do sentido da expressão, pensei, será que realmente existe, um amor anarquista? Talvez sim, mas daí seria baseado em uma anarquia de liberdade, e não libertinagem (que são coisas bem distintas).
Ou seja, não é que eu ache bacana, e um dia diria : ai, amor você não tá afim de ir pra uma baladinha, pegar umas 4, ou então trazer umas 3 pra morar com agente?
Vocação pra chifre deve ter limite :)
"Vicky, Cristina, Barcelona" é uma exceção (um dos meus filmes favoritos!)
Sobre a falta de regra da anarquia, a própria falta de regra é uma regra! Então é regra não ter Estado, não definir funções, ações, fazer o que quiser, no melhor estilo de 'bagunça organizada', por via de regra, todos são livres... uaiii...Mas essa não era a antítese? '¬¬
Quando Sartre nos mostra que a liberdade nos aprisiona em nossa responsabilidade, ele tira todo o encanto dos atos inconsequentes, nos leva a liberdade solitária do eu, que é onde entra Schopenhauer, que bem esclarece que é só quando estamos sós que somos quem realmente somos e portanto realmente livres, e se sermos nós mesmo é o máximo de evolução e felicidade que podemos alnançar enquanto nós....Talvez o verdadeiro amor liberte, liberte para o respeito às individualidades quando duas pessoas diferentes coexistem num mesmo espaço e sentimento, a valorização e aceitação dos princípios, dos limites, hábitos, conceitos. talvez esse seja o mais puro e bruto amor.
Então, amor... se você quiser ir pra balada, e pegar 4, só vou te achar imaturo e sem personalidade por não conseguir se auto afirmar no SEU EU. Portanto, nossos eu's não poderão mais coexisistirem em nenhum espaço ou tempo rs ;D.

E viva um amor anarquista \o/
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Baseado em reflexão sobre o título e somente o título do livro de Michel Sanches Neto